A ESCRAVIDÃO

 

Aluna: Ana Júlia de Campos da Silva

Turma 8B/2021
Professor: José Edimilson

 PARA O MEU PAI.

UM DESCENDENTE DE AFRICANO, QUE TEM ORGULHO DE SUAS RAÍZES, E QUE NUNCA, JAMAIS AS ESQUECEU.

 Foi uma época de medo, dor, racismo, preconceito e escravização…

 

O Começo da Escravidão.

A escravidão começou em cerca de 1520 e 1570 e assim foi progredindo mais rápido do que o imaginado pelos habitantes das serras e os vales próximos a feira de cassange, o medo de ser escravo já dominava por lá.

Por volta de 1830 cerca de 80% de todos os escravos que chegaram ao Brasil ainda tinham como origem regiões costeiras da Angola, prova de que a drenagem sistemática de moradores desses territórios se manteve inalterada ao longo de todo o período do tráfico negreiro.

Os escravos eram trazidos comprados e iam para a casa de quem os comprou para trabalhar sem ganhar nada em troca, só chicotadas e pauladas em seus corpos, quem os comprava os colocava em galpões onde se cabiam 50, os donos colocavam 200 e assim eles dormiam todos amontoados pior que animais e não interessava idade ou beleza, todos eram tratados iguais e eram, alimentados com restos de comida, comiam a comida pior que dos animais da época…

Os escravos morriam de muitas doenças, como disenteria, febre amarela, varíola e escorbuto. Tinham muitos casos de suicídio tomados pelo desespero, aproveitavam-se de um descuido dos tripulantes, subiam à amurada das embarcações e jogavam-se ao mar. Por essa razão, os navios negreiros geralmente eram equipados com redes estendidas ao redor do deque superior, para prevenir esses atos. Morria-se, ainda, de banzo, nome dado pelos africanos para o surto de depressão muito frequente entre os cativos.

Os cadáveres eram então atirados por sobre as ondas, sem qualquer cerimônia, às vezes sem ao menos a proteção de um pano ou lençol, para serem imediatamente devorados por tubarões e outros predadores marinhos. 

Quando chegaram os primeiros escravos africanos ao Brasil? Ninguém sabe ao certo. Os documentos são imprecisos, mas, também nesse caso, há indicações de que teria sido ainda na primeira metade do século XVI, ou seja, logo após a chegada de Cabral a Porto Seguro. Uma caravela encontrada por Martim Afonso de Sousa na Bahia, em 1531, estaria empregada no tráfico negreiro.  O historiador Afonso d’Escragnolle Taunay afirma que o primeiro desembarque teria ocorrido em 1538, em um navio de propriedade de Jorge Lopes Bixorda, o mesmo que já tinha enviado escravos indígenas ao rei dom Manuel I em 1514. Alguns anos mais tarde, em 27 de abril de 1542, Duarte Coelho, o capitão donatário de Pernambuco e fundador da cidade de Olinda, pedia autorização a Lisboa para importar alguns negros da Guiné. Em 1545, outro donatário de terras, Pedro de Góis, escrevia de Paraíba do Sul ao seu sócio em Lisboa, Martim Ferreira, solicitando a remessa urgente de “ao menos setenta negros da Guiné”, com cuja mão de obra pretendia despachar para Portugal, no prazo de um ano e meio, 2 mil arrobas de açúcar (cerca de trinta toneladas)

 
Nos seus três séculos como colônia de Portugal, o Brasil foi sinônimo de açúcar. E açúcar era sinônimo de escravidão. Até bem depois da Independência, em 1822, o açúcar foi o principal item das exportações brasileiras 56% do total ao longo de trezentos anos. Mesmo no auge da produção de ouro e diamantes, continuou a ser o produto mais importante na pauta das riquezas enviadas pela colônia à metrópole. Em 1760, correspondia a 50% do total, contra 46% da mineração com a ressalva de que o controle alfandegário sobre o açúcar era mais rigoroso do que sobre o ouro e os diamantes, cujo contrabando poderia chegar a 40% do total produzido. Só a partir de 1831 um novo rei despontou no horizonte da economia brasileira: o café. E o café era, também ele, sinônimo de escravidão. “Os escravos são as mãos e os pés do senhor do engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente”, escreveu por volta de 1710 o padre jesuíta André João Antonil, referindo-se ao uso de mão de obra cativa na indústria do açúcar. “O Brasil é o café, e o café é o negro”, ecoaria 150 anos mais tarde o senador gaúcho Gaspar Silveira Martins, ao tratar dos barões do café e seus escravos nas fazendas do Vale do Paraíba, entre São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais. 

O açúcar é considerado o primeiro bem de consumo de massa na história da humanidade. Os donos dos maiores engenhos exploravam o trabalho de 100 a 150 escravos. Os estabelecimentos menores, chamados de engenhocas, precisavam de, no mínimo, quarenta. Já os lavradores, que apenas cultivavam a cana e a forneciam para os engenhos, empregavam, em média, trinta cativos.

 Entrevista com Sílvia Mara de Campos

Idade 44 anos.

          Abolição Foi quando todos os negros do Brasil foram declarados livres. Eu acho que ela deveria ter acontecido bem antes, na verdade acredito que a escravidão não devia ter acontecido.

Depois que os escravos foram libertos os fazendeiros contratam imigrantes de outros países. vieram famílias inteiras da Itália, Alemanha, Japão, etc.

 Os negros trabalhavam principalmente nas plantações de cana, café, etc. os escravos impulsionaram a economia do brasil com seu trabalho.

Você sabe se perto da sua casa existiam escravos? Sim, infelizmente minha cidade tinha como base econômica as Xarqueadas, que produziam Xarque com mão de obra escrava.

          Você conhece alguma história que envolve escravos aqui pela nossa região? Sim, meus avós contavam sobre o transporte de gado pelo rio Jacuí. o gado vinha de balsa puxada por rebocador. numa certa região do rio os escravos eram orientados a afundar a balsa, pois as cargas tinham seguro e o valor era garantido. nesta ação de afundar a balsa alguns escravos perderam a vida.

 Antes da abolição foram criadas algumas leis. Você conhece alguma? Eu conheço a lei do ventre livre que foi uma lei criada para tornar livre as crianças nascidas de escravos. também conheço a lei dos sexagenários, que tornava toda pessoa que completava 60 anos livre.

          Enfim a abolição da escravidão aconteceu em 13 de maio de 1888; foi a revolta dos negros e escravos do brasil. e também existe até hoje o brasil ainda é um país racista e preconceituoso não só com os negros mas com todo o tipo de gênero que é diferente do normal para as pessoas ...

Então é essa a reflexão que eu deixo aqui no meu trabalho: não sejam igual a aqueles monstros do nosso passado porque o racismo começa dentro de cada um de nós…….

          A minha opinião sobre este trabalho é que as pessoas deviam ser mais unidas e também se amar mais   a vida e muito curta para nos odiarmos desta maneira.

 Desde aquela época da escravidão este ódio e presente poxa nós podemos ser tão unidos e nos amar mais é tão bom poder abraçar as pessoas e amá-las os negros, brancos, azuis e amarelos.

 Todos são iguais, a diferença é o que nos une, isso se aprende desde o 1° ano bom, e isso temos que nos amar mais perante Deus todos somos irmãos.

 Colaboradores: Silvia Mara de Campos - Juliana Silva de Campos e Edson Rocha da Sílvia.

 Dedicatória:  Minha avó que hoje está no céu mas que eu sei que olha por mim…….

Referências

1- Escravidão - Volume 1, Laurentino Gomes

2- Africanos Livres a Abolição do Tráfico de Escravos no Brasil

3- História Sociedade & Cidadania. Alfredo Boulos, 8º ano

4- Imagens Escravidão no Brasil, Jean-Baptiste Debret 

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